sexta-feira, 11 de abril de 2014

Movimento contra ausência nas prioridades do Governo de vias na Serra da Estrela

Seia, 10 abr (Lusa) - O Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela (MAIS) manifestou hoje o seu "mais veemente protesto" pela exclusão daquelas obras da lista de investimentos prioritários e admite pedir a intervenção do Presidente da República.

Em comunicado, o MAIS afirma o propósito "de ir até às últimas consequências em face de mais uma decisão penalizadora para o desenvolvimento" daquela região do país, "mais uma vez relegada para segundo plano".

Aquele movimento foi criado para defender a construção dos três Itinerários Complementares (IC) previstos para a zona da Serra da Estrela: IC6/IC7 (Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, Covilhã) e IC37 (Seia, Nelas, Viseu).

Como as obras não constam no conjunto de investimentos prioritários a concretizar nos próximos seis anos, e "dada a gravidade da situação", os seus elementos anunciam que irão pedir a intervenção do Presidente da República, que dizem ser "profundo conhecedor" da realidade.

O porta-voz do MAIS, Mário Jorge Branquinho, disse hoje à agência Lusa que "vai ser pedida uma audiência ao Presidente da República" para abordar "o problema" que preocupa habitantes, autarcas e empresários da região da Serra da Estrela.

O movimento mostra-se descontente por o Governo "não incluir a execução de nenhum dos IC da Serra da Estrela" no conjunto de investimentos prioritários, considerando que é dada prioridade a 59 projetos, na sua maioria do setor ferroviário e portuário, que contemplam "sempre as mesmas regiões" e abandonam "as mesmas de sempre", acentuando nas populações o sentimento de injustiça e de revolta.

"Por isso, revoltados, mas não resignados, apelamos às populações, com destaque para empresários e demais atores locais, para que manifestem por todas as formas a sua indignação e protesto, para que não se pense que 'quem cala, mais uma vez consente'", lê-se na nota.

O MAIS considera que, "depois de esgotadas todas as tentativas de diálogo, é hora de passar a ações concretas", remetendo para os próximos dias mais esclarecimentos sobre as iniciativas de protesto que irão ser promovidas.

"Revoltados mas não resignados, apelamos aos cabeças de lista dos partidos às próximas eleições Europeias, a quem iremos formalizar o desafio, para que venham à região garantir o seu empenhamento, no quadro da União Europeia, no sentido de serem disponibilizados mecanismos financeiros conducentes à concretização destes traçados", acrescenta o comunicado do MAIS.

No Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas 3+ divulgado na terça-feira no Portal do Governo, e cujas linhas gerais foram apresentadas na semana passada pelo ministro da Economia, são estabelecidos seis eixos de desenvolvimento prioritários para o período 2014-2020: corredor da fachada atlântica, corredor internacional norte, corredor internacional sul, corredor do Algarve, corredor do interior e transportes públicos de passageiros.
ASR (CSJ) // JLG
Lusa/Fim
Fonte: Agência Lusa

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Movimento MAIS repudia não inclusão de IC’s nas prioridades do governo



O MAIS (Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários da Serra da Estrela) vem publicamente anunciar o seu mais veemente protesto pelo facto do governo não incluir a execução de nenhum dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela (IC6, 7 e 37) no conjunto de investimentos prioritários a concretizar nos próximos seis anos.

Perante tal situação, o MAIS reafirma o seu propósito de ir até às últimas consequências em face de mais uma decisão penalizadora para o desenvolvimento desta região do país, que se vê mais uma vez relegada para segundo plano.

A decisão do governo de dar prioridade a 59 projetos na sua maioria do sector ferroviário e portuário, contempla, contudo projetos rodoviários, abrindo janelas de esperança a várias regiões do país, em detrimento da Serra da Estrela. Ou seja, mais uma vez, quem governa, acentua nas populações o sentimento de injustiça e revolta por contemplar sempre as mesmas regiões e abandonar as mesmas de sempre.

Acresce que o financiamento destes investimentos utiliza uma parte significativa dos fundos negociados pelo Governo junto da União Europeia para promover as regiões menos desenvolvidas, sendo desde já evidente que a litoralização dos investimentos assumidos contribuirá definitivamente para o afastamento cada vez maior do Interior do País.

Por isso, revoltados, mas não resignados, apelamos às populações, com destaque para empresários e demais atores locais, para que manifestem por todas as formas, a sua indignação e protesto, para que não se pense que “quem cala, mais uma vez consente”! Depois de esgotadas todas as tentativas de diálogo, é hora de passar a ações concretas!

Revoltados mas não resignados apelamos aos cabeças de lista dos partidos às próximas Eleições Europeias, a quem iremos formalizar o desafio, para que venham à região garantir o seu empenhamento, no quadro da União Europeia, no sentido de serem disponibilizados mecanismos financeiros conducentes à concretização destes traçados. Dada a gravidade da situação, iremos igualmente pedir a intervenção do senhor Presidente da República, profundo conhecedor desta realidade.


Movimento MAIS
10/04/2014