SEIA - Ministro falou em conferência organizada pelo Governo Civil da Guarda
Paulo Leitão
Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários da Serra da Estrela entregou documento a António Mendonça contestando a suspensão da construção do IC6, 7 e 37.
O ministro das Obras Públicas esteve em Seia a participar num colóquio organizado pelo Governo Civil da Guarda e garantiu que “não há desistência” quanto à concessão rodoviária da Serra da Estrela.Antes de usar da palavra, António Mendonça foi confrontado pelo Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários da Serra da Estrela que lhe entregou uma missiva criticando “a decisão do Governo em retirar das suas opções governativas” a execução dos traçados dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela (IC6 – Tábua/Oliveira do Hospital/Covilhã, IC 7 – Oliveira do Hospital/Fornos de Algodres e IC 37 – Viseu/Nelas/Seia).
“Tudo aquilo que está suspenso importa estudar e, ao nível do ministério estamos a estudar possibilidades de, se não pudermos resolver tudo, pelo menos, que vamos resolvendo algumas coisas e, que pelo método das aproximações sucessivas, consigamos ir dando resposta aquilo que é fundamental”, revelou depois no seu discurso o governante, perante uma plateia com alguns autarcas da região e empresários.
Mendonça frisou que “não se pode fazer tudo mas, talvez, seja possível fazer alguma coisa e importa ver aquilo que é absolutamente essencial, aquilo que é vital, aquilo que vai responder aos problemas mais sentidos pelas populações, pelas regiões”.
Segundo o DIÁRIO AS BEIRAS apurou este “alguma coisa” poderá passar por se construir, para já, o IC7 – a ligação Oliveira do Hospital passando pelos concelhos de Seia, Gouveia e terminando no concelho de Fornos de Algodres na A25, ou seja uma ligação que substituía a “velhinha” Estrada da Beira, que durante muitos anos foi a porta de entrada de todos aqueles que entravam em Portugal por Vila Formoso e se dirigiam para sul.
O presidente da Câmara de Seia, que falou antes do ministro, lembrou que esta região “tem a mais baixa taxa de novas acessibilidades do país”, mas que por outro lado, “tem uma das mais altas taxas de sinistralidade”.Filipe Camelo considera que a suspensão de todos os Itinerários Complementares na região constitui “um rude golpe na região e o gorar de investimentos na área do turismo e outros”.
O autarca do PS entende ser imperioso o Governo “manter de pé os investimentos assumidos” nas acessibilidades.Igualmente o governador civil da Guarda recordou que o distrito “deixou de ser, por causa das acessibilidades, a porta de entrada na Serra da Estrela, e isso é algo preocupante”.
Santinho Pacheco deixou claro que os políticos do distrito “não vão deixar cair os braços” na luta para que estas vias sejam construídas.
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