sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Defensores dos itinerários da Serra da Estrela exigem empenho político



28 Fev, 2014, 12:42



O Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários da Serra da Estrela (MAIS) anunciou hoje que enviou uma carta aberta a autarcas, deputados e responsáveis políticos da região a pedir empenho para a execução daquelas vias rodoviárias.

"Empenhem todas as vossas energias para que, de uma vez por todas, seja criado o entendimento necessário à defesa convicta e determinada do direito ao desenvolvimento do território da Beira Serra e Serra da Estrela, tendo presente a absoluta prioridade de execução dos IC [Itinerário Complementar] 6, 7 e 37, no quadro atual de definição dos investimentos a realizar no âmbito do quadro de apoio 2014-2020", lê-se no documento a que hoje a agência Lusa teve acesso.
Para o MAIS, "não é admissível, por mais tempo, assistir ao esvaziamento e abandono de uma região que possui recursos territoriais importantes para o desenvolvimento do país, construída com esforço e abnegação dos seus cidadãos, assistir a uma omissão sistemática dos poderes públicos perante a urgência de criação de condições estruturais indispensáveis ao seu desenvolvimento e competitividade".
O movimento enviou a carta aberta aos presidentes das Câmaras Municipais de Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, Nelas, Covilhã e Viseu, aos deputados dos círculos eleitorais de Coimbra, Guarda, Castelo Branco e Viseu e aos líderes partidários locais de Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, Nelas, Covilhã e Viseu.
Os responsáveis pelo movimento também informam que pediram uma audiência a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República, "que deverá suceder dia 13 de março".
A plataforma cívica lembra que tem apenas como missão "alertar e defender, única e exclusivamente, o desenvolvimento da região, atendendo à importância dos IC para esse processo".
O MAIS assinala que nos últimos 28 anos, desde a integração de Portugal na então CEE, foram construídas várias obras mas, em termos de rede de acessibilidade dos territórios da estrada da Beira e ligações a Viseu e Covilhã foram apenas executados "30 quilómetros de IC6 que acabam num matagal".
No estudo apresentado pelo Grupo de Trabalho das Infraestruturas Estratégicas de Valor Acrescentado, "mais uma vez, tendem a ser feitas as grandes apostas de investimento e desenvolvimento económico" maioritariamente "entre o Porto - Lisboa e Sines", é também referido.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Deputados do PS vão recomendar inclusão de IC 6,7 e 37 nas obras prioritárias

 

Noticia da LUSA , no site da RTP:

Os deputados socialistas dos distritos de Castelo Branco, Guarda, Coimbra e Viseu vão apresentar um projeto de resolução à Assembleia da República que defende a inclusão dos Itinerários Complementares (IC) 6, 7 e 37 entre as obras prioritárias.
 
O objetivo é recomendar ao Governo "a imediata inclusão destas infraestruturas" no grupo de obras a construir entre 2014 e 2020 e que irão receber cinco mil milhões de euros, afirmou aos jornalistas o deputado Paulo Campos, na sequência de reuniões de trabalho realizadas hoje entre autarcas e deputados.
 
"Uma muito pequena fatia seria extremamente bem aplicada no interior do país, e nomeadamente na região da Beira Serra, com a construção destas infraestruturas que são absolutamente vitais para o nosso desenvolvimento", frisou o antigo secretário de Estado das Obras Públicas, que falava em Tábua, no local onde foi interrompida a construção do IC6.
 
O deputado eleito pelo círculo da Guarda avançou que foi também decidida a realização de um seminário no dia 08 de março, em Seia, com a presença de representantes das indústrias de vários municípios, sindicatos e associações de representantes das populações nas mais diversas áreas.
 
A Estradas de Portugal será também convidada, para que explique a sua posição face aos "inúmeros estudos" que publicou, "valorizando e afirmando que estes itinerários são absolutamente indispensáveis" e "infraestruturas de elevado valor acrescentado, coisa que agora foi renegada pelo estudo que o Governo acabou de publicar", acrescentou.
 
Paulo Campos lamentou que "uma larguíssima parte do território português" tenha ficado excluída das prioridades apontadas por este estudo.
 
"Aquilo que está a ser feito com esta região é uma injustiça. Foi uma região que esperou durante anos e anos que esse investimento fosse feito e, agora que estávamos em condições, este Governo parou o investimento e agora tirou a esperança de que estas infraestruturas possam vir a ser construídas nos próximos anos", criticou.
 
O deputado Rui Duarte, do círculo eleitoral de Coimbra, considerou que se trata de "repor alguma justiça na noção que este Governo tem de elevado valor acrescentado".
 
O presidente da Câmara de Tábua, Mário Almeida Loureiro, pediu ao Governo que cumpra o seu dever e dê aos concelhos do interior a oportunidade de se desenvolverem e de os seus empresários crescerem.
 
O seu colega de Seia, Filipe Camelo, considerou fundamental não esquecer os "problemas de coesão territorial, económica, social e até mesmo ambiental".
 
O autarca sublinhou a importância da conclusão do IC6 para "a ligação entre as duas partes da serra" e disse haver "toda a legitimidade" nesta exigência.
 
"Num contexto de imensas rodovias que foram construídas neste país, o certo é que para esta região nem o Plano Rodoviário Nacional foi minimamente cumprido", lamentou.
 
O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, lembrou que a reivindicação da construção destes itinerários complementares "já vem através dos tempos", mas não adianta os autarcas andarem sempre a falar no mesmo se encontram "um Governo absolutamente surdo".
 
"A mim parece-me que é tempo de deixarmos as palavras e passarmos a atos. Parece que para serem respeitados os direitos das nossas populações e dos nossos empresários é preciso fazermos alguma coisa extrema para que o Governo olhe para nós de outra maneira", defendeu.
 
 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Movimento MAIS reuniu com Presidente da Comissão de Coordenação em Coimbra



O Movimento MAIS reuniu esta quinta-feira à tarde com o Presidente da Comissão de Coordenação da Região Centro, em Coimbra, tendo em vista demonstrar a sua indignação pelo fato dos IC6, IC7 e IC3 não integrarem os investimentos prioritários a financiar no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio.
Na reunião os representantes do MAIS, Mário Branquinho, Pedro Conde foram acompanhados pelo Presidente da Câmara de Seia, Filipe Camelo e Rui Martins, pelos Vice-Presidentes das Câmaras de Oliveira do Hospital e de Nelas, respetivamente Francisco Rolo e Alexandre Borges  e vários membros da Assembleia Municipal de Oliveira do hospital.
A delegação procurou demonstrar ao Presidente da CCDR-C, Pedro Saraiva, a importância destas infraestruturas para a região, bem como a necessidade urgente da sua execução. O Presidente da CCDRC compreendendo as razões da insatisfação do MAIS, de que aliás também comunga, referiu que “estamos numa fase de apresentação de um estudo que deverá suscitar um debate do qual deverão resultar decisões e soluções para os problemas”.
Na ocasião foram acertadas algumas formas de atuação nas próximas semanas, no quadro de iniciativas de reivindicação do Movimento MAIS, no sentido agregador de municípios, empresas, entidades e populações locais.

Vivemos um momento decisivo de debate e luta pelo desenvolvimento da região cada cidadão, empresa, instituição pública ou privada tem o dever de dar o seu contributo para esta grande causa, o desenvolvimento da Beira Serra e Serra da Estrela.