sábado, 19 de março de 2011

Notícia da Agência Lusa sobre a reunião das populações por causa dos IC's da Serra da Estrela





O Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários da Serra da Estrela (MAIS) exige que o governo conclua ”pelo menos o Itinerário Complementar (IC) 6”, uma das três vias prometidas pelo executivo mas entretanto adiadas.



“Percebemos que na atual conjuntura será difícil concluir os três IC’s (6, 7 e 37)”, afirmou o porta-voz do MAIS, Mário Branquinho, numa referência às obras que visavam redefinir as acessibilidades da região.



No entanto, o IC6 que inclui troços nos concelhos de Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia Celorico da Beira e Fornos de Algodres “deve ser concluído já”, afirmou o responsável, na sequência de uma reunião do movimento sexta-feira à noite.



Posição semelhante tem o deputado do PSD Carlos Peixoto, que disse ter ouvido vários parlamentares e membros do governo sobre o assunto e para os quais “a opinião consensual é que pelo menos este traçado deve ser concluído”.



Apesar de manter exigência da construção dos três ICs prometidos pelo governo, o MAIS apela à conclusão desta estrada “que termina agora no meio de nada”, adiantou o porta-voz do movimento.



“Nós não reivindicamos autoestradas mas sim estradas decentes que nos ajudem ao desenvolvimento”, afirmou Filipe Camelo, presidente da Câmara de Seia (PS).



“Estas vias são vitais para evitar a desertificação da região e para sermos mais competitivos na atração de novas empresas”, adiantou o autarca.



O MAIS optou por continuar a sua luta pela forma institucional e apelou aos presentes que divulguem uma petição que pretende recolher quatro mil assinaturas, “de forma a que este assunto seja debatido no plenário da Assembleia da República”.



“Para já vamos seguir esta via mas não enjeitamos outras formas de luta caso não sejamos ouvidos”, avisou Mário Branquinho.



Apesar de todo o processo administrativo estar concluído (em agosto foi aprovado o estudo de impacto ambiental), estas obras foram suspensas por tempo indeterminado devido à crise económica.



O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, afirmou em maio que “não havia desistência por parte do governo” mas reconheceu que “não se pode fazer tudo”.



O MAIS foi formalmente constituído em julho de 2010 e integra personalidades de vários concelhos da região e de vários quadrantes políticos.



JYM, Lusa

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