quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Serra da Estrela continua a lutar por construção de itinerários complementares

    
 
O Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários Complementares da Serra da Estrela (MAIS) mostrou-se hoje descontente por aquelas vias não estarem nas prioridades para obras públicas e prometeu continuar a lutar pela sua concretização.
O MAIS "não pode ficar indiferente e manifesta, desde já, o seu mais veemente protesto por estes itinerários - IC6 (Tábua/Covilhã), IC7 (Oliveira do Hospital/Fornos de Algodres) e IC37 (Viseu/Seia) -, que servem esta região da Serra da Estrela, não constarem do referido relatório", disse à agência Lusa o porta-voz do movimento, Mário Jorge Branquinho.
Segundo o responsável, por o relatório final do grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor acrescentado, que hoje entrou em discussão pública, não contemplar aqueles projetos, o movimento apela ao Governo "para que reconsidere a execução destes importantes traçados para não hipotecar ainda mais o desenvolvimento" daquela região do interior do país.
"Enquanto espaço de cidadania, o movimento MAIS apela em simultâneo às populações desta região para que se insurjam perante mais um atentado que está a ser perpetrado ao interior do país, condenando-o à morte, enquanto se continuam a anunciar grandes investimentos para as regiões mais favorecidas", acrescentou.
Mário Jorge Branquinho referiu que os elementos do movimento estão a sugerir "a todas as pessoas, Câmaras Municipais, empresas e outras entidades" da região da Serra da Estrela "que enviem cartas e emails para os responsáveis do Governo apelando à construção destes itinerários complementares".
"Não estamos a pedir autoestradas, estamos a pedir itinerários complementares para uma zona bastante degradada e que sofre muito o flagelo da interioridade", justificou.
Referiu que o MAIS também "está disponível para mobilizar as populações e fazer ver a necessidade" dos investimentos para a Serra da Estrela.
Lembrou que "o próprio secretário de Estado das Obras Públicas anunciou em Seia que pelo menos um itinerário iria avançar de imediato e isso não se está a verificar".
Também o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Pedro Saraiva, no âmbito da reorganização das Comunidades Municipais, "garantiu ao concelho de Seia, no âmbito da sua integração na Comunidade das Beiras, que os itinerários complementares seriam a contrapartida para essa decisão e uma bandeira para o desenvolvimento da região", indicou.
"Não estamos a falar de investimentos de componente nacional, mas de investimentos no âmbito do quadro comunitário de apoio. Não podemos ficar indiferentes a tudo isto e por isso iremos até às últimas consequências", promete Mário Jorge Branquinho.
Com a exclusão dos itinerários complementares da Serra da Estrela das prioridades para obras públicas, "ultrapassaram-se todos os limites, porque o interior do país é uma região igual às outras", concluiu.
 

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