Noticia da Agência Lusa
O
Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários Complementares da Serra da
Estrela (MAIS) apelou hoje aos partidos com assento parlamentar que se empenhem
na concretização daquelas obras consideradas "muito importantes" para
a região.
Elementos do MAIS, autarcas e empresários da região da Serra da
Estrela foram hoje recebidos por todos os grupos parlamentares na Assembleia da
República, a quem apelaram que as vias previstas para aquela zona - IC6/IC7
(Oliveira do Hospital, Seia, Gouveia, Covilhã) e IC37 (Seia, Nelas, Viseu) -
sejam "incluídas nas prioridades do Governo no âmbito do próximo quadro
comunitário de apoio".
"Todos os partidos são favoráveis, à exceção do PSD que
acha que não vai haver dinheiro no quadro comunitário e apoio para as obras, a
não ser para pequenos troços de dez quilómetros. O CDS-PP diz que ainda anda a
fazer o levantamento dos projetos", declarou à agência Lusa o porta-voz do
movimento, no final das reuniões.
Os defensores dos itinerários saíram de Lisboa
"determinados" em continuar a lutar, alegando que "só é
derrotado quem desiste de lutar".
"Nós continuamos a lutar e a apelar aos vários partidos
para se empenharem. Vamos continuar a pressionar deputados e membros do
Governo, porque entendemos que é agora ou nunca. Não podemos ficar mais 10 ou
20 anos à espera da concretização destas obras que são muito importantes para a
região", disse o responsável.
Mário Jorge Branquinho admitiu que o MAIS esperava "outra
atitude" por parte do PSD porque a zona da Serra da Estrela "foi
sempre marginalizada" e contava que, finalmente, "fosse feita
justiça" com a construção dos itinerários complementares.
"Estamos desiludidos, mas não derrotados, porque estamos a
reivindicar verbas da comunidade europeia e não do Orçamento do Estado e não
estamos a pedir que se façam os três itinerários complementares ao mesmo tempo,
mas um de cada vez", concluiu o porta-voz.
As obras reclamadas pelo MAIS não estão incluídas no relatório
final do grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor
acrescentado que está em discussão pública.
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